Há mais de 2 mil anos que este exército de soldados de terracota continua vigilante.
Em posição de defesa, vigilam por um homem que queria ser mais do que homem, que aspirava à vida eterna: Ying Jung, o primeiro imperador da China.
Ying Jung (ou Qin Shi Huang Di), chamou-se a si próprio o “primeiro imperador”, e não é para menos. Ainda antes dos 30 anos de idade tinha unido os vários reinos num único país: a China, o império do meio!
Para ele não havia outra civilização para além da China, um território vasto, um território de montanhas e neves, de desertos e oceanos…
O imperador governou com mão de ferro. Queria um controlo total sobre os seus súbditos. Eliminou a oposição, confiscou todas as armas e mais de um milhão de pessoas foi morta.
Houve queima de pessoas e de livros, principalmente os de Confúcio, o grande filósofo chinês.
Mas no seu reinado também foram postas em prática as mais audaciosas políticas de unificação dos reinos. Foram construídas muralhas, estradas e canais. Foi criada uma única moeda e unificado o sistema de legal. A economia floresceu e a China tornou-se, há mais de 2 mil anos, símbolo de modernidade.



Mas seria isto suficiente para o “monarca”?
Não! O imperador não estava satisfeito com o seu poder terreno e queria governar para toda a eternidade.
A obsessão do imperador pela sua própria mortalidade levou-o a mandar construir um gigantesco Mausoléu, nas redondezas da actual cidade de Xi’an.
De acordo com os textos antigos, mais de 700 mil trabalhadores foram utilizados na sua construção.
Diz-se, o interior do mausoléu era mil vezes maiores do que as pirâmides de Gizé e maior de que a ilha de Manhattan. Por dentro foi criado um império, que deveria ser governado pelo imperador na sua vida depois da morte.
Mas este mundo ideal não estaria completo sem um exército à altura, de homens valentes que protegessem o imperador.
Mas, chegou a altura em que os monumentos já não eram suficientes para garantirem a sua vida eterna. Procurou os alquimistas.
O mercúrio que trazia a vida aos mortos, não lhe touxe mais do que a morte… e o imperador perdeu a batalha pela sua imortalidade e os poderes terrenos morreram com ele.
Mas os mais de 8 mil guerreiros ainda estão de guarda, como que à espera de ordens, ordens essa que nunca virão.