InícioEuropaGréciaPasseando por Atenas. Que visitar em Atenas, Grécia

Passeando por Atenas. Que visitar em Atenas, Grécia

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Atenas amanheceu clara. As chuvas dos últimos dias limparam o céus e permite-nos uma visibilidade extraordinária. Vamos ficar 3 dias em Atenas. Aparentemente é suficiente para sentir o pulso à cidade e visitar os seus pontos mais importantes.

Nas últimas viagens que fizemos pela Europa temos recorrido às “free tours”. E deixem que vos diga, estamos cada vez mais fãs. Como já explicamos noutra altura, as free tour funcionam na base de gorjetas. Existe um local onde as pessoas se encontram. Um guia, regra geral um habitante local, leva-nos a conhecer os seus locais, a sua cidade. No final, cada um, de acordo com a avaliação que faça da visita e, claro está, do seu orçamento, paga o que entender. Se entender que não deve pagar, não paga.

No email que trocámos com o guia, dizia-nos: Às 10:0o, em frente à caixa amarela dos correios, ao pé do Museu da Acrópole. Por volta das 10 éramos já umas 7 ou 8 pessoas para a visita. Por fim juntaram-se uns asiáticos e partimos.

Partimos, rua abaixo em direção ao arco de Adriano. Daqui ainda se consegue ver o cocuruto do Pártenon. O Arco de Adriano marcou o início de uma nova Atenas, uma Atenas mais moderna, nos tempos em que os romanos governavam estas bandas. O imperador Adriano tinha um gosto especial por Atenas, pela cultura clássica helénica e aqui terá investido muito tempo e dinheiro.

Mesmo em frente do arco de Adriano, ladeado por velhas oliveiras, ergue-se o que resta do templo de Zeus olímpico (Olympeion). O guia explica-nos que durante um recente terramoto, uma das colunas que sobreviveu durante século, caiu por terra, deixando à vista a forma como as mesmas eram construídas.

Templo a Zeus Olímpico (Olympeion) Atenas
Templo a Zeus Olímpico (Olympeion) – Vista desde a Acrópole

O nosso guia fala fluentemente inglês. Viveu até há bem pouco na Austrália. O serviço militar obrigatório, que ainda existe na Grécia, obrigou-o a regressar à sua pátria. Tem ficado por cá, estuda e faz de guia.

Antes de chegarmos ao Estádio Panathinaiko, também chamado carinhosamente de Kallimarmaron, pelo gregos, ficamos a saber que uns ingleses que também estão na free tour, estão em Atenas por uma razão especial: a Maratona. E é já amanhã.

Este magnífico estádio foi construído em 566 a.C. e reconstruído em 329 a.C., em mármore. Em 1870 as ruínas, ou o que restava do estádio, foram restauradas e em 1895 foi reformado para a realização dos primeiros Jogos Olímpicos da era moderna, em Atenas em 1896. Atualmente o estádio tem capacidade para 80 000 espectadores sentados.

Dia de Maratona (Estádio Panathinaiko)
Dia de Maratona (Estádio Panathinaiko em Atenas)

A caminho da famosa Praça Sintagma, atravessamos os arejados jardins nacionais de Atenas, o verdadeiro pulmão verde da cidade. A praça Sintagma, mesmo em frente ao parlamento grego, é sobejamente conhecida por ter sido palco das diversas manifestações que se têm verificado em Atenas.

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Parlamento Grego

Um espécie de imitação do render da guarda inglesa tem lugar a cada hora em frente do parlamento. Soldados brutamontes, com 2 metros de altura, mas de “pompons” nos sapatos, marcham de um lado para o outro enquanto dezenas de turistas se deliciam e não param de tirar fotos.

Koulouria - Greek Sesame Bread Rings
Vendedor de Koulouria, os famosos pães gregos de sésamo

Em Monastiraki fazemos um pausa. Perdemos-nos diversas vezes pelas ruelas de um dos bairros mais antigos e característicos de Atenas.

Monastiraki, Grécia, Atenas

A praça em frente ao pequeno mosteiro (monastiraki) é local assíduo de encontro de freaks, hippies, turistas e viajantes. Havemos de voltar aqui várias vezes durante a nossa estadia em Atenas. Havemos de voltar aqui para comer o famoso “frozzen yogurt” e para observar a multidão que constantemente se aglomera em torno dos diversos grupos de break dance que fervilham por aqui.

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Bairro de Monastiraki, com a biblioteca de Adriano ao lado

Passando pela biblioteca de Adriano e pela Ágora Romana, onde se encontra a enigmática torre dos ventos – tantas vezes estudada mas, ainda assim, incompreendida – subimos até à colina de Ares. Daqui as vistas são extraordinárias. Será que São Paulo também terá ficado deslumbrado quando aqui subiu há dois mil anos?

Segundo a tradição, nesta colina sobranceira à Acrópole, S. Paulo pregou aos atenienses, e, ao que parece, não lhes terá dito coisa boa.

Daqui vê-se tudo:  o Pártenon, no cima da acrópole.

Lá baixo, a reconstruída stoa da Ágora Ateniense.

Stoa reconstruída, da Ágora Grega, em Atenas
Stoa reconstruída, da Ágora Grega, em Atenas

Ainda, na Ágora Grega encontrámos o mais bem preservado templo do mundo antigo: Templo de Hefesto 

Templo de Hefesto
Templo de Hefesto

Em direção a Sul, entre o a Colina de Ares e o Mar, situa-se a Colina de Pnyx, pouco conhecida mas o berço da democracia, de que falaremos mais tarde.

Colina de Ares, Atenas
Colina de Ares, vista desde a Acrópole

A colina de Pnyx está para a democracia como Belém para o catolicismo… ali nasceu o modo de governo que, apesar das muitas apontadas deficiência, é ainda hoje o mais eficaz modo de participação dos cidadãos no governo dos seus assuntos.

Padre Ortodoxo no "monte de Ares" onde, segundo a tradição, São Paulo terá pregado os seus sermões (Atenas, Grécia)
Padre Ortodoxo no “monte de Ares” onde, segundo a tradição, São Paulo terá pregado os seus sermões (Atenas, Grécia)

O nossa visita guiada termina por aqui. Apesar de não ter sido das melhores free tour que já tivemos, foi bastante interessante porque, além do guia ser Grego, falava fluentemente inglês. Avaliámos a tour e pagámos o que nos pareceu justo. Despedimos-nos e seguimos, monte acima, para a Acrópole, o ex libris  de Atenas.

Optamos pelo bilhete combinado, que, por 12€ euros, nos dá acesso a um conjunto de espaços e monumentos da antiga Atenas: Acrópole de Atenas, Ágora Antiga, Ágora Romana, Biblioteca de Adriano, Templo de Zeus Olimpo e Kerameikos (mais informações sobre a compra de bilhete e preços)

 

O principal templo da Acrópole, o Pártenon, parece um estaleiro de obras. O governo Grego tem em marcha um audacioso programa de reconstrução e conservação do Pártenon.  o Pártenon, ao longo dos anos, sofreu sucessivas alterações. Foi queimado por uma invasão bárbara e restaurado pelos romanos. Foi convertido em igreja cristã durante o período bizantino e depois transformado em mesquita durante o domínio do Império Otomano. Em 1687 uma explosão destruí parcialmente o edifico, sobrando apenas as ruínas que vemos hoje.

Partenon (Atenas, Grécia)
Partenon (Atenas, Grécia) Partenon é o nome do principal templo, erguido no século V a.C. na Acrópolis. Apesar do tempo, conflitos e poluição, ainda se encontra bastante bem preservado. Recentemente, o governo grego aprovou um programa gigantesco que pretende restabelecer-lhe a antiga glória!

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Terminamos o dia com uma das mais fantásticas vistas sobre Atenas e a Acrópole. O sol quente de fim de tarde dá uma tonalidade mágica às cores do Pártenon. Ao longe, estende-se desde o porto de Pireús, estende-se o Mar Mediterrâneo…

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os meus trilhoshttps://osmeustrilhos.pt
Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>
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Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

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