Partimos, depois de um dia de trabalho, mochilas pesadas, mas carregadas de ansiedade e expectativa. Da Guarda a Madrid são 4 horas de carro. Daqui apanhámos um avião que nos levou para além do atlântico, até Lima.
Por muitas viagens que façamos, é impossível disfarçar aquele nervoso miudinho. Bem, mas há razões para isso, não? Afinal pisaríamos as terras do Incas, as terras altas da cordilheira andina, o altiplano…
Chegámos a lima com as costas feitas num oito, dormimos a correr e já estávamos outra vez no avião. De Lima até Cusco, avistamos pela primeira vez a cordilheira, está tão perto que quase lhe tocamos.
A viagem foi curta e lá baixo está o coração do Império Inca, ou melhor, o umbigo do mundo.
depois de mais de 15 horas de avião, 3 aeroportos e dois hoteis, chegávamos finalmente a “Qosqo”, ou como agora se diz, Cusco. Chegados a Cusco, mergulhámos profundamente a mais de 3350 metros de altitude, onde o respirar era mais lento e cada passo se tornava mais difícil. Encontrámos assim a perfeita desculpa para aceitar de imediato o mate de coca que nos foi oferecido à chegada ao hotel.
Deixamos que o corpo se adaptasse à altitude enquanto, lentamente, passávamos a tarde a vaguear por Cusco e a descobrir os encantos do umbigo do mundo Inca. Foi a primeira abordagem, ao jeito de aclimatização.
Da Praça de armas, onde emana a centralidade, lentamente subimos a uma das igrejas mais antigas de Cusco, a Igreja de San Cristóbal. De cá de cima temos uma vista fantástica.
Cusco é a cidade de encontro de todos os turistas a caminho de Machu Picchu onde uma vasta oferta de tours são oferecidos a cada esquina. Porta sim, porta sim, existe uma agência de viagens pronta a oferecer o recorrido pelos pontos mais interessantes das redondezas, que rapidamente nos demos conta serem de visita obrigatória.






Aqui, o que resta do império Inca ficou cravado nas pedras e tudo o que sobreviveu ao ímpeto dos conquistadores europeus conta-nos uma história que perdura até aos dias atuais e que serão objecto de outros posts.
Em Cusco houve um pouco de tudo, fomos brindados com um desfile comemorativo do dia nacional da policia, em que a forças policias peruanas se mostravam engalanadas, tivemos direito a assistir a um festival folclórico das escolas locais, descobrimos um encantador restaurante vegano.
Fomos ao mercado de São Pedro (de que falaremos mais tarde), compramos comida e bugigangas. Aqui há de tudo, e o mercado oferece uma panorâmica geral das comidas locais e quão estranho pode ser ver os adoráveis porquinhos da índia prontos a assar e outros já grelhados, transformando-se assim numa iguaria nacional. Claro que por motivos óbvios não nos atrevemos a provar. Ser vegetariano, no caso do Sérgio, poupa-nos a grandes devaneios culinários nas nossas viagens.
Ainda tivemos tempo para vaguear lentamente pela cidade… sim, tem de ser bem lentamente.



Há tanto, mas tanto para descobrir sobre Cusco, por isso, não nos percam de vista. Até já!