“Seguindo o Sol, nós deixamos o velho mundo”.
Com esta frase, Cristóvão Colombo deixou, em 3 de Agosto de 1492, o porto de Palos, em Espanha, e zarpou mar fora à descoberta do “novo mundo”.
Depois da inesquecível viagem à Índia, também nós voltamos às grandes aventuras, desta vez seguimos o sol, zarpando em direção ao “novo mundo” – América Latina.
Como já vem sendo hábito, não levamos grandes planos, nem espectativas. De Madrid, voaremos para Buenos Aires, a capital da Argentina, um mês depois havemos de voltar!
Queremos ver o mundo que envolveu Jorge Luis Borges e aprender com Carlos Gardel a intensidade e romantismo do Tango. Queremos seguir a cordilheira andina em Direção à Patagónia. Caminharemos sobre o Perito Moreno, o gigantesco glaciar, que nos transportará para a Era em que a terra era gelada. Continuaremos a descer, atravessaremos o estreito a que o nosso Fernão Magalhães deu nome e chegaremos, por fim, à terra do fogo… Chegaremos ao fim do mundo!
É a primeira vez que pisamos solo americano. Contudo, levamos na bagagem os filmes, os livros, a poesia e as histórias que nos vão chegando do “novo” continente e que nos alimentaram a vontade de ir.
Onde vamos, já muita gente foi, é verdade. Mas é preciso ir, ver com os próprios olhos, porque os lugares não mudam, o que mudam são os olhos de quem os vê. E, com sorte, às vezes mudamos nós nesses lugares.
Mas no fim, o que conta é a viagem, o prazer das horas intermináveis nos autocarros, o nervoso miudinho à chegada a uma nova cidade. O que conta é a comida na rua e uma cerveja nos lugares mais improváveis enquanto os locais te observam, por vezes indiscretamente. O que conta é esse escaldão que te deixa os braços em dois tons. O que conta é que havemos de vir de coração cheio, cansados, é verdade, mas felizes.
Vamos à América Latina, mas vamos para contar. Contar um pouco a história de um continente “encontrado” por engano. Um continente a quem Américo Vespúcio não chegou a saber que deu nome.
Vamos contar as histórias das pessoas pelo caminho.
Esperem sim, um olhar sincero e despreconceituoso de dois portugueses que vão, acima de tudo, para aprender e depois contar!Não esperem fotos em hotéis sumptuosos, bebidas finas servidas em copos de cristal, ou fotos nossas em praias magníficas bebericando mansamente uma caipirinha.
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