Atravesso lentamente o centro histórico em direcção a Villa Borghese, passando pelo famoso Castelo de Santangelo. Na mente, ainda em efervescência, as imagem mágicas da capela Sistina teimam em fazer algum sentido. É um misto de admiração, genialidade e incredulidade em tanta magnificência humana.



Neste manto verde a fazer lembrar os parques londrinos, encontra-se uma das galerias de arte mais importantes do Mundo, a Galleria Borguese.
Como tenho o RomaPass, a minha vida facilita-se. Não necessito de marcar a visita previamente. É só chegar, deixar a mochila e desfrutar.
A galeria alberga uma parte substancial da colecção de quadros e esculturas da família Borghese, começada pelo Cardeal Scipione Borghese, o grande “patrono” de Bernini e um coleccionadosr afincado das obras do mestre Caravaggio.
Na galeria podemos encontrar um grande acervo de obras, além de Bernini, de Caravaggio, Leonardo da Vinci, Raffaello, Rubens, Tiziano, etc.



Entre elas fascinou-me a impressionante Venus Victrix, de Canova, o quadro Boy with a Basket of Fruit, de Caravaggio, da Deposição de Rafael…
Mas estes dias em Roma abriram-me a mente para um génio do cisel e do mármore: Bernini. Na sua escultura Apollo e Daphne, as personagens ganham vida e parecem transforma-se lentamente em ramos e folhas, como na Metamorfose de Ovídio. Salta à vista a genialidade deste escultor, o seu conhecimento do corpo humano e a cultura pelos clássicos.



Esta galeria é um autêntico livro de arte, completamente aberto, diria mesmo, escancarado. Merecia muita, muita da minha atenção, mas o cansaço acumulava-se. Passeio pelos jardins que a rodeiam a Villa, os italianos fazem o jogging de final de tarde, os pais babados passeiam os filhos e eu regresso ao hotel. A aventura Italiana entra na recta final.
Mais informações sobre o espólio da galeria http://www.galleriaborghese.it/borghese/en/edefault.htm