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Hoje o meu trilho leva-me a … PINHEL

Aldeias HistóricasHoje o meu trilho leva-me a ... PINHEL

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Hoje estou na “cidade-falcão”!

Diz-se por aqui que braveza e coragem abundam entre os inquebrantáveis homens de Pinhel. Claro que não será só pelo maravilhoso néctar dos Deus que aqui tem um trago especial. Será antes pelo sentido de liberdade e característica rebeldia dos locais, impenetráveis a qualquer tentativa de sujeição.

Quem se lembraria de honrar uma cidade com tal epíteto? A história corre de boca em boca e é com orgulho que é contada vezes sem conta.

Depois da derrota infligida na Batalha de Aljubarrota, no séc. XIV, os exércitos de Castela, bateram em debandada. Ao por aqui passarem, a caminho de Castela, um grupo de pinhelenses, fazendo jus à sua fama, atiraram-se aos espanhóis e arrebataram-lhes o talismã: o falcão de combate do Rei castelhano.

D.João, o Mestre de Avis, agraciou a cidade com o honroso epíteto: Pinhel Falcão, Guarda-Mor de Portugal.

Viagem a Pinhel

Desde esse momento o falcão passou a integrar as armas de Pinhel, posando vigilante na copa frondosa do pinheiro que identificava a praça militar.

Pinhel tem singrado pelos seus monumentos, pelos seus inúmeros solares, encanta pelos seus queijos leitosos mas acima de tudo encantámo-nos quando mergulhamos no seu elixir eterno, que arrebata românticos, poetas e guerreiros: o Vinho.

Viagem a Pinhel

Entretenho-me nas tortuosas vielas, sinto o cheiro de outrora… levo os meus pés para diante e paro defronte de uma paisagem não sei se bucólica, talvez, quem sabe, efeitos um romantismo serrano. A paisagem pintada com silhuetas de copa redonda e vinhedos a perder de vista, são as oliveiras as rainhas deste vale que se avista, deste vale quase encantado.

Nas margens da Ribeira das Cabras ergue-se airoso o Castelo que ornamenta a “cidade-falcão”, duas torres defendendo a cidade, de um granito duro ao olhar, rugoso no toque mas que se nos espeta na alma. Aprecio o mata-cães, a gárgula que se ajeita a “mandar tudo” prós espanhóis e a janela com seus arranjos manuelinos.

Vou descendo, contornando a muralha… são solares, muitos solares à minha volta. É difícil eleger o mais bonito, o mais sumptuoso… Acabo por entrar no museu municipal, no edifício dos antigos paços do concelho.

Viagem a Pinhel

Nunca tinha ouvido falar em ex-votos (se a banda não contar, claro). Quadros simples, por vezes até rudes, mas de uma beleza singular. Transportam consigo as promessas de cura. Sã p verdadeiro testemunho de um constante temos de Deus, da sua ira mas também dos seus poderes. Contam-me que era comum em jeito de promessa, o autor da mesma pedir a um pintor afamado que pusesse na tela, dedicada à Nossa Senhora das Fontes, toda a dedicação e especial devoção a esta Senhora, para que a mesma intercedesse junto de Deus e que Este atendesse às preces invocadas.

Termino com um leve passeio pela Trincheira, um local de refúgio com uma vista total e fantástica sobre esta cidade que dizem ser “cidade-falcão” e saboreio o tão afamado D. João I.

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os meus trilhoshttps://osmeustrilhos.pt
Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

9 COMENTÁRIOS

  1. http://solaresdepinhel.no.sapo.pt/
    O livro é publicado em co-edição, de 1000 exemplares, dos autores e do Município de Pinhel, abrindo com uma apresentação do respectivo presidente, Eng. António Monteiro Ruas.

    Ao longo de mais de 450 páginas desenvolvem-se dezasseis títulos correspondentes à descrição dos “Solares e Casas Nobres” contemplados, indicando-se os nomes das famílias a que pertenceram e/ou pertencem os seus proprietários e das quais se expõe meticulosa inserção cronológica e genealógica.

  2. Cidade linda sem duvida, pena é o despovoamento da mesma causada pelo nao incentivo de criaçao/fixaçao de empresas e de um desordenamento verificado de alguns anos pra cá.

  3. Tenho a Cidade de Pinhel como minha embora não tenha nascido, aqui, esta acolheu-me aos 9 anos de idade viu-me crescer até que aos 25 anos, quando a vida me levou para outras paragens, sem nunca a perder de vista e onde vou sempre que me é possível, foi com grande satisfação que li o vosso texto e mais uma vez percorri as suas ruas e vi a sua magia através de vocês, muito obrigado pela divulgação continuem pois têm feito um execelente trabalho

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Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

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