


Aqui a vista é fantástica… à direita a albufeira de Santa Maria de Aguiar, do outro lado a vila de Figueira de Castelo Rodrigo e no centro da cena a aldeia de Castelo Rodrigo com o Rio Douro ao fundo a servir de companhia.



A subida até aqui foi atribulada, subir por estradões, galgar pedras, descobrir caminhos esquecidos pelos anos…! Para os menos aventureiros, uma estrada asfaltada leva-nos até ao ponto mais alto da Serra da Marofa.
A cume da Serra da Marofa está completamente povoado de retransmissores – dezenas – por um ponto de vigia e umas capelas (como não poderia deixar de ser). Mas o ex-libris é sem dúvida o protector deste vale de Riba – Côa, o Cristo – Rei que o protege braços abertos. O Cristo – Rei, monumento em pedra com cerca de 3 metros foi construído na década de 60, e é o apogeu de um percurso religioso que segue Marofa acima. Uma espécie de Via-Sacra sobe o monte, por caminhos estreitos e escuros, encimada por um Cristo petrificado de braços abertos.



Enquanto aqui repouso pergunto-me: “que levará o homem a vencer as altitudes, carregar a dificuldade às costas, apenas para erguer uma escultura de braços abertos ao céu?”
Não se trata de qualquer instinto natural, de sobrevivência, de propagação da espécie, ou será? O homem crava a terra, desbrava montanhas, atinge os céus. Mas quando se dá conta da sua pequenez sente necessidade de se refugiar…
Que a natureza esteja convosco!
[…] ruínas das casas de habitação encimadas pelo que resta da igreja. Tudo jaz aqui no sopé da Marofa, que a tudo assistiu, testemunho mudo que engoliu os gritos de desespero e os sons da metralha da […]