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da Plaza de España até Montjuïc (Barcelona)

EuropaEspanhada Plaza de España até Montjuïc (Barcelona)

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Vamos dedicar o dia à arte moderna, aos jogos olímpicos e à ciência. Saímos do hostel destinados a cumprir religiosamente o planeado. Mas os planos, são apenas, para não se cumprirem e não sentir peso na consciência.

Atravessamos a Plaza de España, contornando a arena. Este edifício, outrora dedicado ao macabro e sanguinário “jogo” das touradas, é hoje um gigante e moderno centro comercial.

Arena, Plaza de España (Barcelona)

Ainda era cedo, e esperávamos que o dia de hoje fosse mais tranquilo. Junto ao parque onde se ergue a belíssima escultura de Joan Miró, a Dona i ocell, damos uso ao setas fazemos a primeira cache do dia. Justo à escultura de 22 metro de altura, no lago que a ladeia, um senhor, com os seus 40 anos, vestindo roupa de ciclista, passeia um velho barco comandado à distância. Parámos observando o momento… Havemos de voltar a Miró e ao seu indelével marco em Barcelona, a sua querida cidade.

Mujer y pájaro, Escultura de Miró no parque Joan Miró, antigo parque do Escorxado
Mulher e pássaro, escultura de Miró no parque Joan Miró, antigo parque do Escorxado.

Deixando Joan Miró, seguimos, sob o sol quente da manhã, através da Avinguda de la Reina Maria Cristina. Esta avenida liga a Plaza de España ao Palau Nacional, que, actualmente, alberga o Museu Nacional de Arte da Catalunha, numa zona que foi completamente remodelada aquando da exposição internacional de 1929.

Avinguda de la Reina Maria Cristina, com o Palau nacional ao fundo

Esta zona, de avenidas largas, é um importante centro de congressos, galerias e salas de exposições. Aqui ao lado poderemos encontrar a CaixaForum, a que voltaremos mais tarde.

Avinguda de la Reina Maria Cristina

Entramos em Montjuïc dando de caras com o imponente edifício do Palau Nacional, que alberga uma das mais importante colecções de arte do mundo, o Museu Nacional d’Art de Catalunya.

Havíamos de antemão estabelecido as nossas prioridades, decidimos não visitar o museu. (Caso decisa visitar o Museu de Arte da Catalunha, equacione comprar o ArtIcket que oferece interessantíssimos descontos).

Palau Nacional. Atualmente, oMuseu Nacional d'Art de Catalunya
Palau Nacional. Atualmente, o Museu Nacional d’Art de Catalunya

Montjuïc não é só um espaço verde, é um gigante complexo desportivo, onde decorreram os jogos olímpicos de Barcelona de 1992.Este é por excelência o local de retiro dos habitantes de Barcelona, fugindo ao hustle and bustle de uma das cidades mais ruidosas da Europa.

Muntjuïc não vale unicamente pelos seus espaços verdes, e dos belos passeios que se podem dar por lá. Em Muntjuïc, além e podermos encontrar o Museu de Arte da Catalunha, também podemos visitar a Fundación Joan Miró.

Fundación Joan Miró, alberga uma extraordinária colecção das obras de Miró. Miró, um filho da terra, destacou-se internacionalmente pelas suas obras entre o modernismo e o surrealismo. Faz uma crítica feroz à sociedade da época e mostra uma forte oposição ao franquismo, durante a Guerra Civil Espanhola.

A fundação é, sem dúvida, um must see, quer se goste ou não do pintor. Não abdique de um audioguia, uma vez que as obras do pintor são ricas em simbolismo, que exige uma explicação 🙂

Pode descarregar também um pequeno mapa sobre a Barcelona de Miró. http://www.fundaciomiro-bcn.org/imgdin/area/0008.pdf

Teleférico de Montjuic, uma das alternativas a uma longa caminhada monte acima.

Conta-se que o topónimo Montjuïc advém de Monte dos judeus, pelo facto deste monte existir um cemitério judeu. Contudo, os historiadores não são unânimes. Deixemos a História para quem dela entende, regressando, antes de mais, ao topo do monte, às muralhas do castelo de Montjuïc.

Aqui, em outubro de 1940, Lluís Companys, um feroz oposicionista do regime franquista e presidente do Governo Catalão antes da Guerra Civil, foi aqui executado, por ordens do próprio Franco.

 Com o sol alto, viramos a sul… o imenso Mar Mediterrâneo banha a cidade de um azul brilhante. O céus é de vez em quando trespassado pelos aviões na rota do aeroporto, enquanto que os cargueiros fazem fila para atracar.

Porto de Barcelona, vista desde o Monte de Montjuïc
Porto de Barcelona, vista desde o Monte de Montjuïc
Vista do Monte de Montjuïc, Barcelona
Vista do Monte de Montjuïc, Barcelona

Ao início da tarde começámos o percurso de descida. O frio das sombras fazia-nos acelerar o passo. Ainda andamos um pouco “às aranhas”, mas por fim lá encontrámos o Estadi Olimpic. Bem, não é coisa que se perca e que seja dificil de encontrar, porque os 75 mil lugares num cabem num bolso.

Estadi Olimpic

Aqui começaram e terminaram os jogos olímpicos de 1992, aqui bateram-se records, aqui ganharam-se medalhas e terminaram-se carreiras. Nos dias que correm, está de portas abertas e não deixe de passear pelas galerias e sentir-se embebido pela euforia dos grandes jogos que aqui se realizaram.  Afinal, o desporto também é uma espécie de linguagem universal….

Porta Neoclássica do Estadi Olimpic, ao lado a tocha.

Junto à fonte mágica, que por azar, está em obras de recuperação, encostamos-nos às “Cuatro Columnas” do grande aquiteto catalão Puig i Cadafalch. As colunas originais foram destruidas em ditadura de Primo de Rivera, em 1928, que tentou de forma sistemática destruir tudo o que simbolizava a independência da região da Catalunha.

Las Cuatro Columnas simbolizam as quatro barras da “senyera catalana” (da bandeira) e estavam destinadas a converter-se num dos símbolos do “catalanismo”, não fosse o tal Primo de La Riviera.

“Cuatro Columnas” de Puig i Cadafalch, junto à fonte mágica
CaixaForum, Barcelona

Ainda encostados às colunas, reparámos na ir-e-viar agitado junto à CaixaForum. Era o último dia de uma exposição itinerante da Fundação Clark – “Impresionistas – Maestros Franceses de la colección Clark”, com entrada gratuita.

Cosmo Caixa
Cosmo Caixa

A CaixaForum é um típico edifício modernista, uma antiga fábrica, hoje reconvertida numa fascinante galeria de arte e, além do mais, com entrada gratuita.

Na exposição pudemos encontrar dezenas de quadros dos mais famosos pintores impressionistas, desde Monet, Manet, Renoir, etc… Uma exposição fascinante, para quem, como nós, aprecia as cores saturadas e a pincelada curta destes pintores.

Terminámos o dia no museu da ciência – CosmoCaixa – apreciando um gigante pêndulo de foucault, que nesta latitude demora 36,6h.

Entre as maravilhas da ciência, experimentamos o calor tropical, juntamente com capivaras e piranhas gigante, é o bosque alagado, a principal atração do CosmoCaixa.

Pêndulo de Foucault, imagem animada

barcelona - guia de viagem

os meus trilhos
os meus trilhoshttps://osmeustrilhos.pt
Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

5 COMENTÁRIOS

  1. Relato fantastico sobre o pulmão da cidade, Tenho pena de não terem visitado o MNAC que é super interessante e claro enorme!! A zona dos jogos Olimpicos é um recanto para retemperar forças da subida ate Montjuic e tem tambem um jardim botânico moderno muito interessante. parabens pelo blog estou um grande fa do vosso trabalho, continuem

    • Luffi, muito obrigado pelas simpáticas palavras. E desculpe a demora na resposta. Obrigado pela visita. A viagem só termina quando a partilhamos com os nossos leitores.
      Abraço

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Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

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