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Volubilis, os romanos em África – Marrocos

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1 de Novembro de 1755, dia de todos os santos. Em Portugal, as pessoas levantavam-se cedo para irem à Missa. Às 9:45h, um forte abalo, localizado a sudoeste de Lisboa, fez ruir parte da cidade e escreveu uma triste página na história de Portugal. A força do sismo foi tal que os seus efeitos se fizeram sentir no Norte de Africa.

A caminho de Volubilis

Volubilis é uma das mais antigas cidades romanas no Norte de África, numa zona que muitos chamaram de celeiro de Marrocos, e, antes ainda, o celeiro do Império Romano. O Império Romano tinha regras apertadas relativamente ao que se podia ou não produzir nas possessões do Norte de África, de acordo com as necessidades do Império. O resultado traduziu-se numa desflorestação em larga escala da zona envolvente de Volubilis para a produção de trigo.

A casa das colunas, em Volubilis
A casa das colunas, em Volubilis

Chegamos a Volubilis a meio da tarde, num dia nublado e tristonho. Paga-se 10 dirhams pela entrada no complexo de ruinas, mais o estacionamento do automóvel.

É impossível não ser invadido, de imediato, pela grandiosidade das ruinas, reflexo da enormidade que foi, outrora, esta cidade. No seu auge, Volubilis albergava mais de 20 mil pessoas.

Depois de Roma se ter retirado da zona da Mauritânia, no Séc. III, a cidade foi, a pouco e pouco, perdendo o seu interesse, ao mesmo tempo que Fez prosperava. Grande parte do mármore que a cidade albergava foi retirado para a construção dos palácios de Moulay Ismail, em Meknes.

a via Decumanus Maximus, em Volubilis
a via Decumanus Maximus, em Volubilis

Contudo, a machadada final foi dada em 1755, com o terramoto de Lisboa, com grande parte dos edifícios a ficarem em ruinas. Contudo, como se diz aqui “uma ruína é a arquitectura que se cansou de existir”.

Atravessamos Volubilis até à sua via principal, Decumanus Maximus. Ao longe, a porta de tanger dá as boas vindas a quem venha do norte. Ao fundo, o Arco Triunfal, ainda em perfeitas condições sobressai, num fundo de campos de cereais, e dos Alto Atlas.

O arco triunfal, em Volubilis
O arco triunfal

A casa das colunas é deveras inspiradora, transportando-nos para outros tempos e outras vontades. Ao longe, já se avista a silhueta da Basílica, a mais bem preservada das ruinas, a par do Capitólio.

A Basílica

Abandonamos Volubilis, em direcção a Rabat. Passámos pela linda e branca Moulay Idriss que se instala sorrateiramente, montanha acima.

Moulay Idriss – onde se ergue o túmulo de Edrici I, descendente de Ali, o genro do profeta Maomé.

Continuámos em direcção à costa atlântica.

Localização de Volubis:

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Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

1 COMENTÁRIO

  1. […] Era início de tarde quando abandonámos Fez. Foi a primeira grande experiência, numa grande cidade marroquina. Decidimos que, por agora, chega de Medinas e souks, não iremos a Meknes. Seguiremos em direcção à costa, fazemos planos de ir dormir a Rabat. Contudo, temos uma paragem importante pelo caminho: Volubilis. […]

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Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

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