Monteverde é mais um dos ex libris da costa rica, bem envolvido pelo clima húmido da zona, o verde da vegetação é inebriante.
De Santa Teresa, apanhámos o ferry de Paquera para Puntaarenas, cruzando, durante cerca de hora e meia, o Golfo de Nicoya. À saída do ferry, dois gringos, um rapaz e uma rapariga, de dedo no ar e cartaz na mão, pediam boleia para Monteverde. O Wilson e a Carolina, ele dos Estados Unidos e ela da Alemanha, foram os nossos companheiros de viagem nos dois dias que passámos na meca do ecoturismo: Monteverde.



A chuva que a pouco e ponto mostra o ar da sua graça, não impediu a nossa excursão noturna pelas veredas dos parque. Uma das atividades que atrai mais visitantes em Monteverde são as caminhadas noturnas pela selva. Durante duas horas, um pequeno grupo, munido de lanternas e orientado por um guia atento, envereda floresta dentro em busca dos animais noctívagos. Esperávamos ver muitos animais, mas lá no fundo o que todos queríamos ver era a preguiça de 2 dedos, um ser carinhoso e noctívago que habita as florestas húmidas de Monteverde e Santa Helena. A cada grito do guia, este apontava a sua lanterna para uma nova espécie animal que se movia serenamente na paisagem.
Vimos uma preguiça que lentamente surgia suspensa entre dois galhos de uma árvore, cobras e insectos vários.
Foi também aqui que optámos por realizar a Coffe Tour sempre tão recomendada. Ficámos contudo com a impressão que estas visitas estão turisticamente sobrevalorizadas e que é preferível procurar outras menos comerciais e menos divulgadas e talvez assim não achemos que pagámos demais, ainda que tenha sido um percurso interessante e que tenhamos tocado pela primeira vez numa planta e num grão de café verde.
Monteverde é o paraíso para amantes de desportos radicais, mas para nós bastou caminhar no parque para que a beleza se revelasse. Foi aqui que observamos o quetzal, a ave sagrada, pela lente de um binóculo que um guia nos deixou espreitar e ficámos boquiabertos com a beleza da ave que morre se privada de liberdade e que por isso se torna o símbolo maior da liberdade.
Fotos da nossa caminhada pela Reserva Biológica da Floresta Nubosa de Monteverde: