A viagem vai ser longa e, como diz o ditado, “quem vai para o mar avia-se em terra”.
Paramos numa lojinha à beira do porto para com prar umas sandes, alguma fruta e água.
Vamos zarpar do porto de Pireus por volta das 21:30 e, para fazer os 300 km que separam Pireus de Chania, são precisas cerca de 9 horas, a uma incrível média de 30 e pouco km por hora.
As milhares de ilhas que compõe a Grécia obrigam a um complexo sistema de ferries. É preciso conhecer as rotas, os grupos de ilhas e os horários… Entre novembro e março a oferta é bastante reduzida, só há um ferry diário para Chania, na ilha de Creta.
Apesar de ter perdido alguma importância na época bizantina e otomana, Pireus é, desde guerras médicas, o grande porto de Atenas, fazendo a ligação da parte continental da Grécia com as milhares ilhas.
O ferry da ANEK parece não ter fim. Entram pessoas, carros, camiões e autocarros. É uma autêntica cidade flutuante.
Já a bordo reparamos como os passageiros se acomodam em todos os cantos do navio, dos corredores até aos sofás dos diversos bares/restaurantes. Vamos até ao deck onde se amontoam passageiros a discutir futebol. Comemos umas sandes, respiramos o ar fresco.
O ferry começa a ganhar velocidade. O ar torna-se mais frio. Regressamos ao interior do navio para a noite que se avizinha.