Chegámos a Chania com o dia a clarear. Ler que Chania é a mais linda cidade de Creta, não nos prepara para a visão luminosa que o seu porto veneziano nos oferece. Nós, ensonados e cansados depois da noite no Ferry, mal conseguimos elevar o pensamento além do frappé que bebericamos.
É cedo, dormimos mal, mas o calor com que o sol nos brinda aquece-nos a alma e dá energia para continuar e caminhar mais um pouco…
Somos abraçados carinhosamente por um céu azul-turquesa que se reflete nas águas tranquilas do porto.
A cidade esteve durante um largo período sob o domínio e influência de Veneza, que, durante, séculos controlou o comércio do mediterrâneo, tendo, inclusive, sido um dos estados mais ricos da Europa.



O farol é omnipresente e acompanha-nos a cada passada. Apesar de estar umbilicalmente ligado ao porto veneziano, o farol só foi contruído durante a ocupação egípcia da ilha, no Séc. XIX.
Chania foi, desde sempre, objeto da cobiça de muitos. Hitler consciente da posição estratégica que representava a ilha de Creta, a 20 de maio de 1941, lança a operação mercúrio, com 23 mil homens e com o objetivo de controlar a ilha. Apesar da bravura, as forças aliadas não conseguiram travar a poderosa Wehrmacht e a ilha sucumbiu aos pés dos invasores nazis.
A cidade de Chania foi destruída quase na totalidade pelos bombardeamentos da Wehrmacht e a reconstrução posterior apagou para sempre grande parte dos vestígios das antigas civilizações que, ao longo dos milénios, floresceram aqui, banhadas pelo Mediterrâneo.
Sentados, olhamos o mar azul que se estende para além do que a vista alcança. Estamos na maior ilha grega, estamos na terra de Elefthérios Venizélos, para muitos, o pai da Grécia moderna.



Sérgio parabéns pela belíssima imagem do Porto Veneziano de Chania. Enquadramento maravilhoso, cores e linhas perfeitas! As viagens proporcionam-nos destas coisas, oportunidades únicas de fazer registos assim * Beijinhos