Mergulho nas águas, hoje, calmas do mar do Sul da China, na Costa Central do Vietname. O mar é imenso e azul-turquesa, a areia luzidia estende-se até se perder no horizonte. É assim em Nha Trag.
É cedo demais para turistas. Apenas os locais e alguns coqueiros já se despertaram e se banham nestas águas. Enquanto percorro os 6 km de areal, relembro a noite anterior.
Acordo com os solavancos do autocarro e embalado por uma luz ténue, mas com a tépida sensação de ter dormido bem. Os olhos ainda semi-cerrados esforçam-se por focar o horizonte. A luz no Vietname é magnífica, sou surpreendido por um dos “nascer-do-sol” mais colorido que presenciei até hoje. Uma autêntica melodia de cores vivas, vermelhos, amarelos, azuis…
Não posso comprar mais livros, guloseimas e falsos “lonely planet”. A minha mochila começa a pesar, as costas ressentem-se e tenho de recusar dezenas de ofertas, ao longo do areal.
Antes de embarcar novamente nas, já normais, curvas e contra-curvas nessa estrada por montanhas que me levará até Hoi An, sento-me num pequeno restaurante local. Delicio-me com uns nem rau, uma espécie de “spring rolls”, mas mais pequenos e mais estaladiços que os chineses. É relativamente fácil encontrá-los só de vegetais, com uma película super-fina de papel de arroz.
São 6 da tarde, embarco. Mais 12 horas de autocarro!
Essa boquinha dos livros falsos “lonely planet” foi para alguém?
Ai o caneco!!
Abraçolas,