“Halong Bay in the rice paddies”
O tempo está cada vez mais quente. Sinto falta do ar fresco e das chuvas de final de tarde das florestas do Cambodja. O barulho das motas, pela primeira vez, começa a irritar-me.
Pago 20 mil dong’s e alugo uma bicicleta. Estou decidido a trilhar os recônditos lugares de Tam Loc, conhecida poeticamente como “Halong Bay in the rice paddies”. Decido ficar dois dias por aqui antes de rumar à confusão de Há Noi.
Queria acima de tudo emaranhar-me nos campos de arroz, percorrer o rio de barco e olhar para esses pináculos que brotam da terra.






No caminho de casa, ou melhor, do hostel, encosto nas habituais ruas agitadas do Vietnam para a também já habitual cerveja da tarde. Começo a gostar da cerveja com gelo… sou abordado por uma professora de inglês que me pede que pratique com um dos seus alunos. Confidencia-me que se trata de um rapazinho preguiçoso. Tentei fazer o meu papel de rapaz responsável com discurso sobre as virtudes do estudo. Acharam estranho não estar casado e com esta idade não estar em casa a cuidar dos filhos. Eu começo a deixar de achar estranha esta conversa, afinal, tem sido normal. Mas deixou-me a pensar… Faço intenção de me levantar e seguir viagem. A senhora da pequena tasca espanta-se com o mau estado do meu calçado (já levam muitos km de pó) e prontifica-se para tratar dele. Aceito apenas um tudo de “super-cola”, afinal a sola dos sapatos há muito que tinha deixado o seu lugar.