InícioViagensAsiaNuma “china” de contrastes

Numa “china” de contrastes

ViagensAsiaNuma “china” de contrastes

|

|

|

“quem quiser passar além do Bojador, tem que passar além da dor”

img_9629

Podia começar este post com o habitual “o meu trilho hoje leva-me…”, mas em vez disso o meu trilho hoje trouxe-me de volta a uma realidade crua, dura e transparente. Uma realidade que muitos insistem em esconder atrás dos gigantescos números do crescimento económico chinês, atrás de números inócuos, neutros, incapazes de exprimir o sentimento, a tristeza e a pobreza destas pessoas

img_9622

Estas pessoas perderam tudo!

Tinham um nome, mas os que o sabiam esqueceram-no.

Tinham uma casa, mas o capitalismo encarregou-se dela.

Até tinham um emprego, mas a afamada crise destruiu-o.

Tinham uma identidade, mas a sociedade ostracizou-a.

Tinham dignidade, mas essa continuarão a tê-la e a merecer o nosso respeito, mesmo que não passem de um empecilho, mesmo que não passem daquela pedra que se nos atravessa na estrada e nos obriga a parar, e quem sabe a pensar… e poucas vezes a agir!

Estes seres são resquícios de uma vida que até os números dos relatórios das organizações internacionais se esqueceram (ou ignoraram) de mencionar.

img_9669

Vagueando pelas ruas descubro um mundo diferente, um mundo que já lá estava mas que ainda não tinha visto e ainda não me tinham falado dele e se me falaram não “escutei”.

É necessário ousar passar, porque “quem quiser passar além do Bojador, tem que passar além da dor”. Passar, não só a fronteira, mas também o mundo fantástico do centro comercial das mil e uma coisas falsificadas (quem conhece Zhuhai sabe a que me refiro…). A paisagem muda completamente…

os meus trilhos
os meus trilhoshttps://osmeustrilhos.pt
Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

3 COMENTÁRIOS

  1. Quando pensar em ir a macau, já sei a quem pedir para ser o meu guia! 😛

    Imagens espectaculares primo!

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

Somos uma família apaixonada… apaixonada pelo mundo e pelas viagens, sejam elas curtas ou longas. Mas a maior das viagem começou há pouco, quando à equipa se juntou o pequeno Simão. Durante uma parte do ano vestimos as capas de dois burocratas do funcionalismo público, na outra, metemos a mochila às costas, pegamos no Simão, e vamos por aí… ver com outros olhos, conhecer o mundo, conhecendo-nos cada vez mais a nós próprios. Adoramos grandes aventuras por lugares longínquos, mas também gostamos de pegar no carro e andar por aí, sem destino. E porque a viagem não acaba nunca, como dizia Saramago, depois da viagem passamos tudo para aqui: textos, fotos, vivência, enfim… a nossa viagem! Um pouco de tudo num blog que é da Guarda para o mundo! Tudo sobre nós >>>

Must Read