“quem quiser passar além do Bojador, tem que passar além da dor”
Podia começar este post com o habitual “o meu trilho hoje leva-me…”, mas em vez disso o meu trilho hoje trouxe-me de volta a uma realidade crua, dura e transparente. Uma realidade que muitos insistem em esconder atrás dos gigantescos números do crescimento económico chinês, atrás de números inócuos, neutros, incapazes de exprimir o sentimento, a tristeza e a pobreza destas pessoas
Estas pessoas perderam tudo!
Tinham um nome, mas os que o sabiam esqueceram-no.
Tinham uma casa, mas o capitalismo encarregou-se dela.
Até tinham um emprego, mas a afamada crise destruiu-o.
Tinham uma identidade, mas a sociedade ostracizou-a.
Tinham dignidade, mas essa continuarão a tê-la e a merecer o nosso respeito, mesmo que não passem de um empecilho, mesmo que não passem daquela pedra que se nos atravessa na estrada e nos obriga a parar, e quem sabe a pensar… e poucas vezes a agir!
Estes seres são resquícios de uma vida que até os números dos relatórios das organizações internacionais se esqueceram (ou ignoraram) de mencionar.
Vagueando pelas ruas descubro um mundo diferente, um mundo que já lá estava mas que ainda não tinha visto e ainda não me tinham falado dele e se me falaram não “escutei”.
É necessário ousar passar, porque “quem quiser passar além do Bojador, tem que passar além da dor”. Passar, não só a fronteira, mas também o mundo fantástico do centro comercial das mil e uma coisas falsificadas (quem conhece Zhuhai sabe a que me refiro…). A paisagem muda completamente…
Lindo…
Só tu. És especial
Adorei
Quando pensar em ir a macau, já sei a quem pedir para ser o meu guia! 😛
Imagens espectaculares primo!
Tás à espera de quê? compra a viagem 🙂 Cá te espero!
Abraço!