Os romanos eram exímios arquitectos e com mestria construíram obras maravilhosas na Península Ibérica. Hoje propomos uma viagem até ao outro lado da fronteira, até à estremadura Espanhola e visitar um magnífico exemplar da engenharia romana que maravilhou o mundo antigo. Venham então até à Ponte Romana de Alcântara.
Quem segue o blog e estes trilhos sabe que temos um fascínio especial por pontes. Há muito anos, ainda quando as câmaras fotográficas não tinham tantos megapíxeis como agora, inauguramos este blog no Gerês e começamos por escrever sobre Pontes. Hoje, voltámos a estes edifícios intemporais, ou como também escrevemos outrora, “Se os homens têm o amor, capaz das mais extraordinárias façanhas, as margens têm as pontes. Que seria delas sem este “amor” que as unisse?”.
Já dissemos que estamos do outro lado da fronteira, em terras de “nuestros hermanos”. Cruzamos a Serra da Malcata em direção a Penamacor. Entramos na Beira Baixa. Ladeamos Monsanto e Penha Garcia e cruzamos a fronteira em Segura um pouco mais abaixo, já no Parque Natural do Tejo Internacional, em Idanha-a-Nova. Uns quilómetros depois e estamos em Alcantara.
O pueblo de alcantara é por si só um excelente motivo para uma visita, além de um casco histórico bastante interessante, tem um mosteiro que valerá mais do que uma fugaz visita: o Convento de San Benito.
Mas hoje vamos recuar um pouco mais, vamos mais para lá da época medieval até ao tempo dos romanos.
A Ponte Romana de Alcântara é uma das obras de engenharia mais marcantes do período romano na Lusitânia e uma das pontes romanas mais importantes em todo o mundo.
Construída sobre o rio Tejo no Séc. II dC pelo arquiteto romano Cayo Iulio Lacer, no tempo do Imperador Trajano a Ponte Romana de Alcântara teve um papel preponderante no estreitar das distâncias entre Norba (a atual Cáceres) e Conimbriga (em Portugal, claro).
Deve o seu nome aos árabes que dominaram a Ibéria durante largos séculos: al-Qantarat, que significa “a ponte”. Al-Qantarat, deu depois nome à localidade que se situa um pouco mais acima, Alcântara
No centro da ponte, mesmo por cima do pilar central, ergue-se um Arco do Triunfo de 13 metros de altura. Apesar de várias modificações ao longo da sua história, ainda conserva inscrições únicas, como a data da construção e uma dedicatória ao Imperador Trajano.
Com uma história que se perde nos tempos, esta ponte carrega peripécias e curiosidades.
Antes de rumarmos ao Pueblo de Alcântara, fixamos o olhar no pequeno tempo onde Deuses dos mundo antigo guardam a ponte dos forasteiros. O templo, onde jaz o arquitecto da ponte Caio Julio Lacer, foi convertido, como muitos outros, ao Cristianismo e mais depois dedicado a S. Julião (considerado santo padroeiro dos barqueiros, palhaços e trabalhadores de circo, peregrinos, pastores, viajantes e das profissões itinerantes, de uma forma geral 🙂
Localização da Ponte Romana de Alcântara
A Ponte de Alcântara situa-se sobre o Rio Tejo, junto à localidade de Alcântara, na Estremadura Espanhola. Está aqui o mapa para ajudar.
Neste site há muita informação, fotos e vídeos e pormenores sobre a Ponte Romana de Alcântara?
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Uau! Adorei este post! Não fazia ideia dessa ponte, tenho que ir conhecê-la 🙂
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