Nem todos os caminhos levam a Roma, alguns levam-nos a Mérida, a antiga cidade romana Emerita Augusta.
Reza a História que, em 25 a.C, o imperador Octavio Augusto deu ordem a Publio Carisio para juntar na zona da estremadura espanhola, junto ao rio Guadiana, os soldados eméritos das legiões veteranas que lutavam nas guerras Cantábricas. Nasceu, para o império romano e para a eternidade, Emerita Augusta.



Emérita Augusta cresceu. Converteu-se num importante núcleo jurídico, económico, militar e cultural. Gozou de tal importância que em pouco tempo já era a capital da província romana da Lusitânia e um dos dois centros administrativos romanos mais importantes do ocidente peninsular.
Hoje, a cidade, encravada na desertificada e tórrida província da Estremadura, vive essencialmente do passado. E vive bem. Aliás, pode orgulhar-se de ter um dos mais bem preservados e mais completos conjuntos romanos do mundo (declarado Património da Humanidade pela UNESCO em dezembro de 1993).
Deixámos Cáceres e chegamos a Mérida já a tarde ia longa. Depois da siesta espanhola que deixa as cidades completamente desertas, encontramos gente na rua, muita gente mesmo. Bebericam cervejas nas esplanadas e degustam tapas até não poder mais. Os miúdos juntam-se na Plaza de España, e enquanto charlan, comem pipas e andam de skate.
É irremediável a comparação com os centros históricos das nossas cidades portuguesas, desprovidos de gentes, de animação, de vida.
Depois de estacionarmos o carro, procuramos o posto de turismo para obter alguma informação e planear um pouco a nossa visita à cidade. São cerca das 6 da tarde e diz-nos a senhora do turismo que o Museu Nacional de Arte Romana está aberto até às 8 e, sorte das sortes, hoje é grátis.
O Museu reúne um conjunto estupendo de mosaicos da era romana, recolhidos ao longo dos tempos nas inúmeras escavações que foram e vão sendo feitas pela cidade e arredores. O edifício do museu é fantástico. Numa tentativa, bem conseguida, diga-se, o arquiteto Rafael Moneo Vallés recriou a arquitectura tardo-românica.
O museu é uma excelente porta de entrada para compreender melhor a cidade de Mérida, a sua situação geográfica, importância e o modo de funcionamento das diversas cidades romanas.
Bem, mas vamos a coisas práticas. Ainda não temos local para dormir. Enquanto descemos a avenida que leva do Museu até ao centro da cidade, procuramos alguma pousada ou local para dormir. Incrível, está tudo cheio e relativamente caro. Depois de quase uma hora e muita procura, decidimos ficar no primeiro Hostal que havíamos visto.
Confidenciam-nos a época alta este ano em Espanha está a prolongar-se por setembro, e com excelentes registo de ocupação e visitantes.
Deixamo-nos envolver por esta enforia contagiante dos espanhóis, seguimos os ritmos da cidade e terminamos, também nós, na Plaza de España, de volta de umas cañas e de umas tapas.
GOSTEI DO ARTIGO, MAS GOSTARIA DE SABER MAIS…
Olá Manuel. Obrigado pela visita. Infelizmente não dá para meter tudo sobre Mérida num artigo 🙂 Mas há mais aqui, viu? https://osmeustrilhos.pt/2013/09/08/revisitando-o-imperio-romano-em-merida/
Gostei bastante do vosso artigo, nós (eu e a mulher a minha vida) fazemos essas vigens, mas de autocaravana, Mérida?, não a também Espanha ainda tem muita coisa para ver, eu fico sempre fascinado com esta cidade que conheço desde o ano de 1973 para onde fui fazer um "estagio" de arqueologia, daí ficar sempre com um gosto de sempre mais. Obrigado.
Boa noite. Muito interessante como guia de viagem para quem já na próxima terça-feira demandará Mérida.
Obrigado pelas fotos, pelas dicas e descrição histórica.
Continuem …
Bem hajam …
Obrigado pela Visita. De certeza que vai adorar Merida. É um cidade com uma história fascinante. Abraço. Sérgio