Há 71 anos, em 27 de janeiro de 1945, o Exército Vermelho libertou Auschwitz, o maior e mais terrível campo de extermínio dos nazis. Nas câmaras de gás estima-se que tenham sido mortas mais de um milhão de pessoas.
No auge do Holocausto, em 1944, chegaram a ser assassinadas seis mil pessoas por dia, entre judeus, ciganos, homossexuais, entre outros.
A marcha da morte…
Para apagar os vestígios do Holocausto antes da chegada do Exército Vermelho, a SS implodiu as câmaras de gás em 1944 e evacuou a maioria dos prisioneiros. A grande parte dos prisioneiros foi levada para o campo de concentração de Bergen-Belsen, naquela que ficou apelidada tragicamente na “marcha da morte”. Conta-se que os prisioneiros marcharam dia e noite sem saberem para onde iam. Quem não estivesse em condições de continuar caminhando, era executado a tiros pela SS. Milhares de corpos ficaram ao longo da estrada da morte. Para esses, que sucumbiram, a libertação chegou muito tarde.
Os Meus Trilhos visitaram Auschwitz-Birkenau em 2012. Na altura era primavera e os campos estavam floridos. Contudo foi impossível não sentir um arrepio, um sentimento de tristeza e revolta por toda a maldade que o ser humano é capaz.
Afinal, como disse Primo Levi:
“We must be listened to: above and beyond our personal experience, we have collectively witnessed a fundamental unexpected event, fundamental precisely because unexpected, not foreseen by anyone. It happened, therefore it can happen again: this is the core of what we have to say. It can happen, and it can happen everywhere.”
Vejam os filmes que fizemos e as fotos que relatam os nossos passos pelo testemunho da morte, em Auschwitz-Birkenau.