A propósito de um artigo na Revista Visão andámos no “baú” à procura de fotos e juntámos alguns lugares, que por uma razão ou outra são os nossos lugares imperdíveis.
São aqueles lugares, entre muitos, que estão no topo da lista do nosso mundo. Não estão lá só por serem bonitos, estão lá principalmente por serem especiais.
Num planeta fascinante, são lugares como estes que, quando a viagem é tortuosa, fazem valer cada km. Nestes lugares encontrámos-nos connosco próprios. Nestes lugares, fomos felizes. Bem-vindos ao nosso pequeno “mundo”, um mundo em aberto…
Dunas de Erg Chebbi, no deserto do Sahara (Marrocos)
Imagina gigantes paredes de areia cor-de-rosa, uma abóbada celeste estrelada e rasgada a meio pela mítica estrada de Santiago. Imagine-se a dormir sobre a areia quente do deserto, acordar e ver nascer o sol a romper entre as dunas. Imagine-se deixar-se ficar, quieto, deitado ali no meio do nada, no centro do mundo.
Golden Temple (Índia)
O Golden Temple, no norte da Índia, está para os Sikhs como Roma para os católicos. Mas aqui, as camaratas estão abertas aos peregrinos, assim como a cantina comunitária, mantida exclusivamente com o trabalho voluntário e doações dos peregrinos. Diariamente, nesta gigantesca cozinha, são confecionadas entre 60 a 80 mil refeições, num extraordinário e bem organizado trabalho de equipa.
Sapa (Vietnam)
A 1650 m de altitude, em Sapa o ar é fresco, tão fresco que dá gosto inalar. As montanhas fazem lembrar as encostas do Douro. Mas aqui não há vinho, há campos de arroz, montanha abaixo.
Centro Histórico de Wrocław (Polónia)
Wrocław, também conhecida como Breslau, tem uma das praças mais bonitas do mundo. O bailado de cores e as fachadas adornadas transformam este local, outrora destruído pelos horrores da guerra, num hino à harmonia.
Soldados de Terracota (Xi’an, China)
Se há local onde está espelhada a efemeridade da vida humana e o constante desejo pela eternidade é em Xi’An. Há mais de 2 mil anos que o exército de soldados de terracota continua vigilante. Em posição de defesa, vigilam por um homem que queria ser mais do que homem, que aspirava à vida eterna: Ying Jung, o primeiro imperador da China.
Bairro Português, em Malaca (Malásia)
“Em Malaca, peço uma cerveja. O Sr. Pedro da Silva cumprimenta-me, traz-me a cerveja e alguns dedos de conversa. Fala Português, ou o que resta dele! Conferencia-me que o seu grande desejo era poder conhecer Portugal. Queria sentir o cheiro do manjerico e dos santos populares, das vindimas e das romarias, e sentir a maresia numa lufada de ar fresco.
À volta da mesa relembra os tempos agitados que antecedem a vinda do navio Escola Sagres à Malásia. Com ele chegávam as sardinhas, o bacalhau, o “fumo” (tabaco), mas acima de tudo a língua, essa que o Sr. Pedro nunca esqueceu… Aqui, neste cabo do mundo, entre as cores garridas do oriente, ainda há gente que do estreito grita pró mundo: EU SOU PORTUGUÊS!” ver mais
Angkor Wat (Cambodja)
Angkor, em Khmer, significa “cidade”. Mas será justo reduzir a imponência destes templos, erguidos pela força humana, forjados a suor e lágrimas, a uma mera e vulgar palavra “cidade”. Não! Angkor é mais do que isso, é o símbolo de um povo, a identidade de uma nação, o orgulho de um dos países mais pobres do mundo.
Benedetto Croce, esse grande filósofo italiano, disse um dia que “não há poesia sem um complexo de imagens, e um sentimento que o anima”… Angkor é assim! Não é “palavra”! É um sentimento!
Bosque Pintado (País Basco, Espanha)
A perfeição da intervenção do homem através da arte na natureza faz todo o sentido quando vagueamos por entre estas árvores. O Omako basoa, bosque pintado em basco, é simultaneamente um hino à arte e à natureza.


YangShuo (China)
Este é um dos locais mais acarinhados pelos chineses. A beleza e a singularidade de Yangshuo valeu-lhe a aparição nas notas de 20 Yuans. Viajar de canoa no rio Li é uma experiência que nos marcará para o resto da vida.


Douro (Portugal)
Ao longo dos seus 927 km, desde a nascente na Serra de Urbion, em Espanha, até à foz no Atlântico, o Douro molda a paisagem deste país. Talhou a custo a personalidade de transmontanos e beirões, criou amêndoa e azeite. Deu fama ao vinho e conserva uma das mais belas paisagens naturais e humanas do mundo.
Esta paisagem, construída com doses iguais de esforço por homem e natureza, é o apogeu do esforço colectivo mas anónimo. O Rio é o elemento aglutinador deste modo de vida. Há muitas formas de ver e sentir o Douro, sejam elas numa tasca sobranceira ao Pinhão ou refastelados sentindo o suave odor da maresia, na zona da ribeira no Porto.



Estou adorando o que tenho visto nas páginas de vocês. Gosto muito de viajar… comecei a fazê-lo com bastante idade …. e tenho esperança de conhecer um pouco deste nosso planeta que contém tanta coisa interessante.. Desejo a vocês uma grande quantidade de viagens … um grande abraço.